segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ferrari busca aliados para adiar implementação de motor ecológico

    Segunda-feira, 03 de janeiro de 2011.

    Segundo notícia divulgada em sites esportivos e sites especializados em F-1, a categoria máxima do esporte automotor, informaram, o presidente da Ferrari, Luca di Motezemolo, está em busca de aliados na luta para adiar a implementação dos chamados motores ecológicos na F-1, prevista para 2013, a intenção da FIA, presidida por Jean Todt (ex-comandante da equipe na categoria) é implementar motores de 4 cilindros, no lugar dos atuais V-8, e reduzir em cerca de 35% o consumo, diminuindo assim a emissão de CO², entre outras medidas.
    O que incomodou o atual presidente da escuderia italiana, e por tabela, muitos admiradores do esporte, pois trata-se da categoria máxima do automobilismo internacional, que já chegou a utilizar motores com até 12 cilindros. Falando em ecologia, a intenção é das melhores, porém é preciso cuidado, quando se trata de Fórmula 1, pois o risco de banalizar e descredibilizar a categoria é iminente e muito grande, pois quem acompanha o esporte espera que este seja sempre o mais avançado possível, seja em termos de tecnologia, velocidade, potência e também no que diz respeito ao nível dos pilotos, quesito este que já vem sendo banalizado, pois hoje em dia pesa mais o potencial financeiro do que o técnico, na hora de contratar um piloto.
    Ecologista que sou, acredito que todos os setores da sociedade devam mesmo se preocupar com a preservação do meio-ambiente, mas como tudo nessa vida tem que haver um meio termo, sob o risco de vermos uma disputa entre carros de desempenho pífio, daqui a pouco estarão fabricando carros populares para a disputa do campeonato mundial de F-1, seria válido por exemplo, otimizar as viagens formulando um roteiro e um calendário coerentes, diminuindo a emissão de CO², bem como a opção de sequestro de CO² e o financiamento de projetos ecológicos e de reflorestamento para compensar a emissão originada pelas atividades relacionadas à categoria. Fico feliz com a preocupação ecológica da FIA, mas alerto que é necessário muito cuidado, a categoria merece mais respeito, seus admiradores merecem mais respeito, e creio que o caminho seria estudar outras possibilidades, pois esta, contribuirá com o meio ambiente com uma pequena parcela, e com a banalização desse esporte em muito. É necessário que se faça uma reflexão sobre os benefícios gerais que essas medidas trarão, e se o descrédito da categoria vai ajudar ou piorar a situação, pois com os valores arrecadados é possível ajudar em muito o meio ambiente, como já disse com projetos e incentivo a projetos ecológicos voltado para a redução de emissão de gases causadores do efeito estufa, já com a categoria em descrédito, a fuga de patrocinadores entre outros fatores, pode contribuir para a extinção da categoria, o que seria uma tragédia, causaria um número gigantesco de demissões, sem contar com o que perderiam as cidades e países sede em relação ao turismo por exemplo, perderíamos um alcance de milhões de espectadores para quem poderiam ser passadas mensagens ecológicas.


    Gostaria de perguntar ao Sr. Jean Todt (francês), se ele estaria disposto a trocar de carro por um modelo popular, híbrido, ou flex pelo menos, ou quem sabe por um modelo também francês que é movido a ar, ou ainda se ele poderia começar a ir trabalhar de bicicleta, viajar mais de metrô e menos de avião.


   Gostaria de prestar aqui meu apoio ao Sr. Luca di Montezemolo na sua preocupação com a desvalorização da categoria máxima do automobilismo, sem deixar de me preocupar com a sutentabilidade do planeta.



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